Radiologia Intervencionista – Dr. Alexander Corvello

Meu nome é Alexander Ramajo Corvello e a minha especialidade médica se chama Radiologia Intervencionista.

Aneurisma é uma fraqueza da parede da artéria. Então a artéria pulsa e por pulsar e ter uma fraqueza de parede em determinado momento ela pode fazer um pequenas bexigas que se chamam aneurismas. Aneurismas começam pequenos vão crescendo e eventualmente podem se romper causando o sangramento.  A parte mais comum são os aneurismas cerebrais, seguido pelos aneurismas da artéria renal e os aneurismas das pernas das artérias das pernas.

Entre as causas mais comuns estão a doença aterosclerótica que a deposição da placa de gordura na parede das artérias e com isso fazendo o enfraquecimento das paredes e formando os aneurismas. Há também os aneurismas inflamatórios e os aneurismas por infecção fúngica que incidem principalmente no cérebro fazendo os aneurismas mais frágeis que podem ter dentro do cérebro. Mais comum é o congênito que já nasce com a pessoa, Uma tendência a formar aneurismas e da doença aterosclerótica. Praticamente não dão sintoma nenhum a não ser que eles cresçam tanto que acabem  comprimindo as estruturas que estão ao lado dele mas normalmente quando o aneurisma dá sintoma é porque ele sangrou. No caso do cérebro faz um derrame cerebral. A incidência é um pouco variável dos aneurismas cerebrais na população.

Há trabalhos que falam em até 2% e até 5% . A gente sabe que é mais incidente nas mulheres em torno de 70% e no cérebro onde mais ocorrem os aneurismas cerebrais. Tem dois tipos de tratamentos possíveis ainda até hoje. São tratamentos de cirurgia aberta ou seja realizada pelos neurocirurgiões em que eles fazem uma abertura até alcançar o aneurisma cerebral e fazem uma clipagem. Põe uma espécie de um clipe para simplesmente fechar o aneurisma e os aneurismas podem ser tratados também por via endovascular através de radiologia intervencionista – da neuro radiologia intervencionista – em que a gente preenche os pequenos aneurismas com filamentos de platina que são ferramentas que se chamam micro-mola ou micro coluns. São filamentos de destacamento controlado e  assim que está totalmente preenchido o aneurisma a gente destaca esse microfilamentos e aí o aneurisma fica totalmente preenchido por esse material, então não tem sangue dentro dele e ele fica excluso.

A primeira vez que a gente utilizou o dispositivo pipeline que é o diversor de fluxo foi em agosto de 2011 e nós optamos por essa tecnologia devido a característica do aneurisma dessa paciente que já tinha sido tratado do outro lado do cérebro por aneurisma com a técnica convencional de radiologia intervencionista com micro-molas,  mas devido à característica do segundo aneurisma dela nós optamos tudo utilizar essa nova  tecnologia. Obviamente uma nova tecnologia sempre traz pra gente um ânimo diferente e um cuidado também diferente.

A técnica de radiologia intervencionista é considerado minimamente invasiva. Não tem pontos. A gente faz através de um pequeno percurso de 5 milímetros tanto para a técnica com micro-mola quanto com o direcionador de fluxo. O que fez toda a diferença obviamente é o tempo cirúrgico. O tempo de procedimento com o diversos de fluxo com o pipeline foi muito menor em relação aos demais técnicas, tanto percutâneas como cirurgia aberta. A recuperação muito mais rápida do paciente, porque como não é um procedimento que tenha pontos ao final nós puxamos o cateter, retiramos o catéter e apenas comprimimos para parar de sangrar. Aquele pequeno pertuito que nós utilizamos para fazer o acesso por catéter. Então o diversor de fluxo veio para tratar desse tipo de aneurisma que são aneurismas com alta incidência de sangramento devido à pressão que a pulsação do sangue passa no fundo do aneurisma que por ser raso ele tende a acelerar mais. As inovações são sempre necessárias, a evolução de qualquer material em qualquer área, não só médica, é consequência das experiências, dos resultados, dos bons e às vezes não tão bons resultados.

Obviamente a segunda geração do pipeline é mais precisa então dá mais conforto para o médico realizar o procedimento e mais segurança para o paciente que vai ser submetido a esse tipo de tratamento então é um dispositivo extremamente inovador e que realmente veio pra ficar.

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