Um tipo de tumor de fígado chamado carcinoma hepatocelular comumente associado à cirrose por vírus da hepatite ou alcoólica, tem entre as indicações específicas de tratamento a Quimioembolização, a Ablação ( destruição) do tumor  por Radiofrequência e a Drenagem Biliar . A Ablação por Radiofrequência consiste na introdução de uma agulha pela pele e ao alcançar o  tumor  conduz uma onda de radiofrequência, queimando e destruindo as células afetadas pelo câncer. Todo o procedimento é guiado por imagens geradas através de aparelhos de ultrassom, tomografia computadorizada.

A Quimioembolização tem por objetivo entregar medicação quimioterápica para o interior do tumor com menor dosagem mas com mais contato propiciando destruição, necrose ou diminuição do câncer do fígado.

Já a Drenagem Biliar Percutânea tem por finalidade reconectar o fígado com o intestino através de introdução pela pele de pequeno cateter dentro do fígado. Fazendo assim com que a bile chegue ao intestino e o paciente possa ter qualidade de vida.

Todos estes procedimentos são realizados com o paciente sedado ou anestesiado e, portanto sem dor.

O que é Tumor de Fígado?

A cada ano, perto de 1,5 milhão de novos casos de câncer de fígado são registrados no mundo. No Brasil, nesse período, a incidência vem aumentando em torno de 2 a 3 mil novos casos. As doenças hepáticas são provenientes de hepatites B e C, alcoolismo, aflotoxinas (encontrada nos amendoins contaminados) e outros agentes tóxicos, além de doenças raras. Pode ocorrer também decorrente de uma metástase, ou seja, quando o tumor tem origem em outra parte do organismo que se propagou para o fígado.

O câncer de fígado é a complicação mais grave e freqüente nos portadores de cirrose. Em tais pacientes pode ser realizado tratamento combinado com a realização da Qumioembolização afim de diminuir o tamanho do tumor e, então sua destruição através do procedimento de Ablação por Radiofrequência.

Quimioembolização Hepática e Ablação por Radiofreqüência

Para este tipo de tumor, a técnica de quimioembolização hepática é uma opção a ser considerada pelos médicos devido aos bons resultados obtidos nos tratamentos. “Pelo sistema de catéter, é injetada uma combinação de medicações quimioterápicas diretamente nos vasos sanguíneos para tratar as células cancerígenas. Além disso, são injetadas pequenas partículas para bloquear as artérias que alimentam o tumor, tudo através de uma pequena incisão de 2mm na virilha”, explica Alexander Corvello.

Já a ablação por radiofreqüência destrói o tumor. O método consiste na introdução de uma agulha que conduz um estímulo de impedância, semelhante ao microondas, diretamente no tumor, “queimando” e destruindo as células afetadas pelo câncer (confira o gráfico). Todo o procedimento é monitorado por aparelhos de última geração.

Quando diagnosticada precocemente, as possibilidades de cura da doença são positivas, mas, na maioria dos casos, quando os tumores estão em estados mais avançados, a cura se torna mais difícil. “A quimioembolização pode melhor a qualidade de vida do paciente, além de reduzir lesões e diminuir as dores, aumentando a sobrevida”, esclarece o radiologista intervencionista. Além de proporcionar mais bem-estar para o paciente, o procedimento é uma forma de tentar conter o tumor, evitando que ele se espalhe para outras áreas através do sistema linfático ou sangüíneo.

De acordo com o especialista, a maioria das metástases ocorre nos pulmões e nos ossos. “Esse tipo de câncer é agressivo e se espalha rapidamente para outros órgãos, por isso, é preciso atenção para o problema, pois a maioria dos casos pode não apresentar sintomas até que o tumor cresça e se espalhe pelo organismo”, completa o médico.

Outros problemas no fígado

Outro procedimento intervencionista é a drenagem biliar, em que um catéter é colocado através da pele do interior do fígado para drenar a bile. A necessidade desse procedimento é em geral devido a uma obstrução dos dutos biliares, responsáveis pelo carregamento da bile do fígado ao intestino e que, quando ocorre, leva o paciente a um quadro de indisposição e coceira (prurido) intenso, com perda significativa de qualidade de vida.

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