Sem cortes, sem perdas

  • Mioma Uterino

Conheça mais sobre a embolização uterina

Se você sofre com miomas, saiba que está diante de uma doença benigna e que existem tratamentos que melhoram a qualidade de vida, ao mesmo tempo em que preservam o útero.

Você sabia que, só em 2013, segundo levantamento realizado junto ao Datasus, foram realizadas no Brasil 105.093 histerectomias (cirurgias para retirada do útero) no Sistema Único de Saúde (SUS)? Dessas, 96.917 foram classificadas como histerectomias para patologias benignas, sendo a principal delas os miomas uterinos.

Segundo o médico radiologista vascular intervencionista Dr. Alexander Ramajo Corvello, miomas uterinos são tumores não cancerosos do útero, que muitas vezes aparecem durante a idade fértil. Eles não estão associados a um risco aumentado de câncer de útero e quase nunca se transformam em um. “Esse tumor benigno atinge cerca de 50% das mulheres na faixa etária dos 30 aos 50 anos”, explica o médico. Existem, hoje, diversas formas de tratamento efetivo para a miomatose uterina. Quando bem indicados, estes tratamentos podem adequadamente controlar os sintomas que tanto afetam a qualidade de vida das pacientes. Muitos desses tratamentos podem preservar o útero, que é símbolo de feminilidade para a maioria das mulheres.  Existem casos, porém, em que a retirada do útero (histerectomia), ainda é a melhor solução. Tanto o médico ginecologista, conhecedor de todas as formas de tratamento, quanto o radiologista intervencionista podem auxiliar a paciente nessa escolha. Em muitos casos, a preservação do útero é possível, o que propicia a devolução da qualidade de vida em todos os sentidos. Inclusive no psicológico, que é muito importante.

A secretária Ana Claudia Gonçalves Machado, de 45 anos, foi diagnosticada com miomatose após anos de sofrimento. “Eu estava em acompanhamento médico e a solução ofertada foi a retirada do útero. Passei por um período de sangramento contínuo que durou dois meses. Minha irmã é enfermeira e conhecia a técnica da embolização uterina. Ela sugeriu que eu procurasse um especialista radiologista intervencionista”, conta Ana.

Muitas vezes, os miomas não provocam nenhum sintoma e acabam sendo descobertos apenas em exames rotineiros. Mas há mulheres que sofrem muito com o problema. Era o caso da Ana, que desde 2001 sofria com os miomas. “No começo eu achava que era normal ter muito fluxo, tinha muita cólica e um ciclo menstrual de sete dias. O maior incômodo era o medo de acontecer um ‘acidente’. Quando começaram as hemorragias, eu levava uma troca de roupa quando ia para a igreja e não conseguia subir as escadas de casa devido à dor”, relembra.

Ana optou, então, pela embolização uterina, um procedimento seguro, praticado em todo o mundo e autorizado pelo Ministério da Saúde. Pode inclusive ser realizado através de planos de saúde, já que consta no rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde. “É uma alternativa efetiva no tratamento dos miomas, chegando a 92% de índice de sucesso, quando bem indicado”, conta o Dr. Corvello.

O procedimento

Descrita pela primeira vez em 1995, por uma equipe francesa, a técnica chegou ao Brasil no final daquela década. Um cateter é introduzido através de uma pequena incisão na altura da virilha e guiado pela artéria femural até a artéria uterina, na região do mioma. Microesferas são injetadas e o fluxo de sangue para o mioma é interrompido, fazendo com que ele reduza de tamanho progressivamente e morra.

Todo o procedimento é realizado por um pequeno furo de 5 milímetros e não há a necessidade de pontos. Como não existem terminais nervosos sensitivos dentro das artérias do nosso corpo, a navegação do cateter é totalmente sem dor. O índice de sucesso é alto: cerca de 90% de chances de controlar os sintomas que os miomas ocasionam. O procedimento só não é recomendado quando o mioma ultrapassa 10 cm de diâmetro. “A embolização já existe há 40 anos, para traumas e pós-operatórios, mas há 20 anos também se mostra eficiente nos casos de miomas uterinos”, completa o especialista, que é um dos precursores da técnica no país e a realiza há 15 anos.

A embolização do útero tem a finalidade de acabar com a alimentação dos miomas e preservar a função uterina. “Ainda não tenho filhos, e foi justamente a preservação do meu útero o que mais contou para  optar pelo procedimento. Passar pela embolização foi muito tranquilo. Hoje me sinto uma nova mulher. Tenho qualidade de vida, posso fazer o que gosto, caminhar e correr sem preocupação. Não me privo de mais nada. Agradeço a Deus pela vida desses médicos que ajudam muitas mulheres a preservar sua feminilidade e sonhos de maternidade, e a ter uma vida melhor”, comemora Ana. “O principal objetivo da embolização uterina para tratamento de miomas visa o efetivo controle dos sintomas e devolução da qualidade de vida às pacientes” comenta o Dr. Corvello.

Os miomas

Os miomas uterinos ainda são um dos problemas que mais acometem as mulheres. O pico da incidência é aos 40 anos, atingindo cerca de 40% delas. “Esses tumores benignos, também conhecidos como fibromas ou leiomiomas, nada mais são do que um crescimento anormal das células musculares do útero. Os problemas causados por eles alteram todo o estado de saúde: dores, cólicas, sangramento excessivo, prisão de ventre e até mesmo a perda espontânea de urina podem ser consequências dos miomas uterinos”, revela Dr. Corvello.

O útero faz parte do aparelho reprodutor feminino e tem como principal função receber e implantar os óvulos fecundados, além de ser o responsável pela expulsão do bebê no momento do nascimento. Portanto, este órgão está totalmente relacionado com a maternidade e a feminilidade da mulher, e a gestação se torna impossível sem ele.

Foi justamente o desejo de ser mãe que fez com que a recepcionista Elisangela Mazon, de 41 anos, procurasse uma nova alternativa para tratar os seus miomas. Em 2007, foi submetida a miomectomia e retirou 23 miomas. Após algum tempo, eles voltaram em maior quantidade e tamanhos diversos. Foi então que uma amiga mostrou uma reportagem sobre embolização uterina. “Na mesma semana agendei a consulta com o médico e em 2012 passei pelo procedimento. Fiquei apenas 48 horas internada e em 15 dias voltei ao trabalho”, conta Elisangela.

Ela relembra como o período da menstruação era um sofrimento sem fim. “As cólicas eram intensas, eu estava com anemia e prestes a me submeter a uma histerectomia. Sempre quis ser mãe, e a possibilidade de perder o útero me deixava apavorada”, explica Elisangela, que apesar de ainda não ter realizado o seu sonho, sabe que ele continua possível. A cada seis meses, Elisangela faz acompanhamento com o médico e desde a embolização livrou-se dos miomas e de todos os incômodos que eles causavam.

O diagnóstico

Para determinar se há ou não miomas uterinos, basta a realização de uma ultrassonografia. Posteriormente realiza-se a ressonância magnética, para ter todos os detalhes do tipo de mioma e demais propriedades. De acordo com o Dr. Corvello, para iniciar o tratamento dos miomas, primeiramente é necessário que a paciente tenha sintomas que alterem sua saúde, pois miomas assintomáticos geralmente não requerem qualquer tratamento e devem apenas ser acompanhados clinicamente.

Além de tratar o útero com a embolização, a radiologia intervencionista é uma especialidade da medicina que realiza outros tratamentos minimamente invasivos: desobstrui artérias e veias, fecha-as quando sangram, trata um câncer diretamente dentro de um órgão, diagnostica e trata doenças do cérebro, cabeça e pescoço, além de outras várias doenças, como aneurisma de aorta e embolia do pulmão. A radiologia intervencionista pode auxiliar em casos selecionados, no tratamento de tumores malignos no fígado, rim e pulmão, tudo através de técnicas de cateterismo e sem pontos cirúrgicos.

“As cólicas eram intensas, eu estava com anemia e prestes a me submeter a uma histerectomia. Sempre quis ser mãe, e a possibilidade de perder o útero me deixava apavorada”

Elisangela  •   Paciente

Você sabia que, só em 2013, segundo levantamento realizado junto ao Datasus, foram realizadas no Brasil 105.093 histerectomias (cirurgias para retirada do útero) no Sistema Único de Saúde (SUS)? Dessas, 96.917 foram classificadas como histerectomias para patologias benignas, sendo a principal delas os miomas uterinos.

Segundo o médico radiologista vascular intervencionista Dr. Alexander Ramajo Corvello, miomas uterinos são tumores não cancerosos do útero, que muitas vezes aparecem durante a idade fértil. Eles não estão associados a um risco aumentado de câncer de útero e quase nunca se transformam em um. “Esse tumor benigno atinge cerca de 50% das mulheres na faixa etária dos 30 aos 50 anos”, explica o médico. Existem, hoje, diversas formas de tratamento efetivo para a miomatose uterina. Quando bem indicados, estes tratamentos podem adequadamente controlar os sintomas que tanto afetam a qualidade de vida das pacientes. Muitos desses tratamentos podem preservar o útero, que é símbolo de feminilidade para a maioria das mulheres.  Existem casos, porém, em que a retirada do útero (histerectomia), ainda é a melhor solução. Tanto o médico ginecologista, conhecedor de todas as formas de tratamento, quanto o radiologista intervencionista podem auxiliar a paciente nessa escolha. Em muitos casos, a preservação do útero é possível, o que propicia a devolução da qualidade de vida em todos os sentidos. Inclusive no psicológico, que é muito importante.

A secretária Ana Claudia Gonçalves Machado, de 45 anos, foi diagnosticada com miomatose após anos de sofrimento. “Eu estava em acompanhamento médico e a solução ofertada foi a retirada do útero. Passei por um período de sangramento contínuo que durou dois meses. Minha irmã é enfermeira e conhecia a técnica da embolização uterina. Ela sugeriu que eu procurasse um especialista radiologista intervencionista”, conta Ana.

Muitas vezes, os miomas não provocam nenhum sintoma e acabam sendo descobertos apenas em exames rotineiros. Mas há mulheres que sofrem muito com o problema. Era o caso da Ana, que desde 2001 sofria com os miomas. “No começo eu achava que era normal ter muito fluxo, tinha muita cólica e um ciclo menstrual de sete dias. O maior incômodo era o medo de acontecer um ‘acidente’. Quando começaram as hemorragias, eu levava uma troca de roupa quando ia para a igreja e não conseguia subir as escadas de casa devido à dor”, relembra.

Ana optou, então, pela embolização uterina, um procedimento seguro, praticado em todo o mundo e autorizado pelo Ministério da Saúde. Pode inclusive ser realizado através de planos de saúde, já que consta no rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde. “É uma alternativa efetiva no tratamento dos miomas, chegando a 92% de índice de sucesso, quando bem indicado”, conta o Dr. Corvello.

O procedimento

Descrita pela primeira vez em 1995, por uma equipe francesa, a técnica chegou ao Brasil no final daquela década. Um cateter é introduzido através de uma pequena incisão na altura da virilha e guiado pela artéria femural até a artéria uterina, na região do mioma. Microesferas são injetadas e o fluxo de sangue para o mioma é interrompido, fazendo com que ele reduza de tamanho progressivamente e morra.

Todo o procedimento é realizado por um pequeno furo de 5 milímetros e não há a necessidade de pontos. Como não existem terminais nervosos sensitivos dentro das artérias do nosso corpo, a navegação do cateter é totalmente sem dor. O índice de sucesso é alto: cerca de 90% de chances de controlar os sintomas que os miomas ocasionam. O procedimento só não é recomendado quando o mioma ultrapassa 10 cm de diâmetro. “A embolização já existe há 40 anos, para traumas e pós-operatórios, mas há 20 anos também se mostra eficiente nos casos de miomas uterinos”, completa o especialista, que é um dos precursores da técnica no país e a realiza há 15 anos.

A embolização do útero tem a finalidade de acabar com a alimentação dos miomas e preservar a função uterina. “Ainda não tenho filhos, e foi justamente a preservação do meu útero o que mais contou para  optar pelo procedimento. Passar pela embolização foi muito tranquilo. Hoje me sinto uma nova mulher. Tenho qualidade de vida, posso fazer o que gosto, caminhar e correr sem preocupação. Não me privo de mais nada. Agradeço a Deus pela vida desses médicos que ajudam muitas mulheres a preservar sua feminilidade e sonhos de maternidade, e a ter uma vida melhor”, comemora Ana. “O principal objetivo da embolização uterina para tratamento de miomas visa o efetivo controle dos sintomas e devolução da qualidade de vida às pacientes” comenta o Dr. Corvello.

Os miomas

Os miomas uterinos ainda são um dos problemas que mais acometem as mulheres. O pico da incidência é aos 40 anos, atingindo cerca de 40% delas. “Esses tumores benignos, também conhecidos como fibromas ou leiomiomas, nada mais são do que um crescimento anormal das células musculares do útero. Os problemas causados por eles alteram todo o estado de saúde: dores, cólicas, sangramento excessivo, prisão de ventre e até mesmo a perda espontânea de urina podem ser consequências dos miomas uterinos”, revela Dr. Corvello.

O útero faz parte do aparelho reprodutor feminino e tem como principal função receber e implantar os óvulos fecundados, além de ser o responsável pela expulsão do bebê no momento do nascimento. Portanto, este órgão está totalmente relacionado com a maternidade e a feminilidade da mulher, e a gestação se torna impossível sem ele.

Foi justamente o desejo de ser mãe que fez com que a recepcionista Elisangela Mazon, de 41 anos, procurasse uma nova alternativa para tratar os seus miomas. Em 2007, foi submetida a miomectomia e retirou 23 miomas. Após algum tempo, eles voltaram em maior quantidade e tamanhos diversos. Foi então que uma amiga mostrou uma reportagem sobre embolização uterina. “Na mesma semana agendei a consulta com o médico e em 2012 passei pelo procedimento. Fiquei apenas 48 horas internada e em 15 dias voltei ao trabalho”, conta Elisangela.

Ela relembra como o período da menstruação era um sofrimento sem fim. “As cólicas eram intensas, eu estava com anemia e prestes a me submeter a uma histerectomia. Sempre quis ser mãe, e a possibilidade de perder o útero me deixava apavorada”, explica Elisangela, que apesar de ainda não ter realizado o seu sonho, sabe que ele continua possível. A cada seis meses, Elisangela faz acompanhamento com o médico e desde a embolização livrou-se dos miomas e de todos os incômodos que eles causavam.

O diagnóstico

Para determinar se há ou não miomas uterinos, basta a realização de uma ultrassonografia. Posteriormente realiza-se a ressonância magnética, para ter todos os detalhes do tipo de mioma e demais propriedades. De acordo com o Dr. Corvello, para iniciar o tratamento dos miomas, primeiramente é necessário que a paciente tenha sintomas que alterem sua saúde, pois miomas assintomáticos geralmente não requerem qualquer tratamento e devem apenas ser acompanhados clinicamente.

Além de tratar o útero com a embolização, a radiologia intervencionista é uma especialidade da medicina que realiza outros tratamentos minimamente invasivos: desobstrui artérias e veias, fecha-as quando sangram, trata um câncer diretamente dentro de um órgão, diagnostica e trata doenças do cérebro, cabeça e pescoço, além de outras várias doenças, como aneurisma de aorta e embolia do pulmão. A radiologia intervencionista pode auxiliar em casos selecionados, no tratamento de tumores malignos no fígado, rim e pulmão, tudo através de técnicas de cateterismo e sem pontos cirúrgicos.

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